Confira entrevista com Themis Regina Kogitzki, uma de nossas palestrantes do Fisio em Foco
Por: Maria Inês Ferreira
Revista Medicina Veterinária em Foco: Há quanto tempo atua na área de massoterapia? Poderia compartilhar um pouco da sua trajetória profissional na área?
Dra. Themis Regina Kogitzki: Em 2024 completei 10 anos de atuação com a massagem em animais. Essa trajetória teve início em 2013, durante a elaboração de um TCC para o MBA em Marketing que cursei na ESPM de São Paulo. O trabalho foi a criação de um plano de negócios para a abertura de um “pet shop conceito”, que seria uma possível transição de carreira. Na época eu trabalhava na Renault do Brasil e completava quase 30 anos de carreira, atuando nas áreas comercial e de marketing de grandes multinacionais. Mas essa transição de carreira tinha um objetivo bem específico: queria uma nova profissão na qual eu pudesse ter contato com os cães. Um pet shop me faria apenas mudar de segmento, mas eu continuaria administrando uma empresa. Por esse motivo, a ideia do pet shop foi descartada. Depois dessa constatação, extraí apenas um dos serviços desse plano de negócios: a massagem. A partir de então, comecei a pesquisar como e onde me especializar para adquirir as habilidades necessárias para tratar os animais por meio da massagem. Em novembro do mesmo ano, dei início à minha formação em massagem para cães e gatos em Chicago, nos Estados Unidos. Lá, fiz o primeiro curso de minha formação, com 360 horas de carga horária. Em 2014, passei por uma segunda formação, desta vez em massagem miofascial para cães e gatos, na Inglaterra. Mais recentemente, estive na Dinamarca, onde fui a primeira médica-veterinária de pequenos animais brasileira a passar por uma formação sobre disfunções e tratamentos das linhas de força miofasciais dos cães com a Dra. Vibeke e a Dra. Rikke.
Doutoras Rikke, Themis e Vibeke. Dinamarca, 2022
Não importa se o curso de formação é no Brasil ou no exterior: onde o conhecimento de qualidade (e baseado em evidências) estiver, eu vou buscá-lo. Assim, posso sempre entregar o melhor tratamento aos meus pacientes, e a melhor formação aos meus alunos.
Trajetória da Dra. Themis Regina Kogitzki no processo de formação em massagem para pequenos animais
É claro que não posso deixar de citar nessa trajetória o estudo da medicina veterinária, que veio posteriormente à minha formação em massagem. Foi apenas em 2015 que decidi entrar na faculdade de medicina veterinária, pela necessidade de ter um conhecimento mais aprofundado das espécies com as quais trabalharia.
Iniciar a graduação depois de 30 anos trabalhando em grandes multinacionais facilitou o relacionamento com colegas e professores, além de me dar uma visão estratégica para extrair as informações mais relevantes para a minha prática. Percebi que, para atuar com a massoterapia, os profissionais precisam de um conhecimento aprofundado da anatomia musculoesquelética, da neurofisiologia dos sistemas miofasciais e somatossensoriais, das disfunções que acometem esses sistemas, das particularidades das raças e de um treinamento impecável nessa terapia (além do restante do aprendizado obtido na graduação).
RMVF: Quais os desafios de quem atua nessa área no Brasil?
Dra. Themis: Apesar da importância dessa prática para o bem-estar e saúde dos nossos pacientes, os desafios ainda são grandes no nosso país. Nesses 10 anos de atuação exclusiva com a massagem na veterinária, foram incontáveis as situações em que precisei desmistificar a massagem em animais, não apenas para tutores, mas também para muitos médicos-veterinários.
Isso porque ainda existe uma crença de que a massagem aplicada em animais é um luxo. A ideia de massagem, de modo geral, remete a um estereótipo de um spa, com velas, pedras quentes e outros acessórios. As pessoas acabam transpondo essa ideia à massagem para animais.
Esse cenário incutido em nossas mentes está longe da realidade de como os animais são tratados por meio da massagem. Essa visão errônea influencia diretamente a tomada de decisão (tanto dos médicos-veterinários quanto dos tutores) na prescrição da massoterapia. Assim, muitos animais perdem a oportunidade de serem tratados com uma terapia de resultados, baseada em evidências.
Na medicina humana, o estudo e a aplicabilidade da massagem têm passado por grandes avanços nos últimos anos, com uma elevação no número de artigos científicos publicados. Já na medicina veterinária vale destacar as pesquisas realizadas pela doutora Vibeke Elbrond, professora de anatomia da Universidade de Kopenhagen, sobre fáscia e linhas de força em cães e cavalos a exemplo do artigo “A comparative multi-site and whole-body assessment of fascia in the horse and dog: a detailed histological investigation”.
Informações que estão disponíveis para todos que desejem obter maior conhecimento. Assim, é possível aumentar o leque de opções de tratamentos a ser ofertado aos seus pacientes.
Por outro lado, apesar de uma grande parcela da comunidade veterinária carecer do entendimento adequado para indicar essa modalidade terapêutica, em 2024 pude observar uma mudança discreta, porém extremamente importante: alguns médicos-veterinários, especialistas em felinos e ortopedistas de pequenos animais começaram a prescrever a liberação miofascial para tratamento de dor miofascial.
Um desses encaminhamentos foi da paciente Suki, felina, SRD (sem raça definida) de 3 anos com histórico de arrancamento de pelos na região da lombar e sem alterações esqueléticas nessa região. Durante a palpação da paciente, foi possível observar uma importante alteração em sua musculatura paravertebral, além de regiões com densificação da fáscia. Ela também apresentava relutância em saltar e alteração comportamental. Após 4 sessões de massoterapia associada a liberação miofascial, a paciente não apresentou mais o comportamento de arrancamento dos pelos, e a região ficou repilada em 28 dias. Atualmente, mantemos o tratamento semanal, com massagem associada à analgesia medicamentosa em baixa dose.
Fotos: Arquivo pessoal
Kogitzki, 2024. Comparativo após 4 sessões de tratamento da paciente Suki com a massagem terapêutica e a liberação miofascial para dor lombar crônica
RMVF: Como faz para se especializar na área?
Dra. Themis: Cursos de massoterapia, assim como de outras modalidades de massagem, ainda são pouco ofertados no Brasil. Na AnimaTherapy, os cursos de Massagem Relaxante e de Liberação Miofascial, ambos para cães e gatos, já estão disponíveis (respectivamente) desde 2016 e 2022, com mais de 300 alunos capacitados em diversas cidades do Brasil, além de alguns na Bolívia e no Japão.
Kogitzki, 2022. Mel durante curso de liberação Miofascial, exclusivo para médicos veterinários, ofertado pela AnimaTherapy
Já no caso da massoterapia, ainda é necessário buscar esse conhecimento fora do Brasil, em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, onde a prática da massagem em animais está estabelecida há mais de 50 anos.
RMVF: Existem associações nessa área? Se sim, elas têm implementado que melhorias?
Dra. Themis: A massagem é uma terapia que transita em diferentes áreas da medicina veterinária, como a fisiatria e reabilitação, a integrativa, a ortopedia, a dor e o comportamento animal. Acabou sendo incorporada, mais notadamente, pela fisioterapia. Não existe, até esta data, nenhuma associação exclusiva para a massagem no Brasil. A situação é diferente nos Estados Unidos e na Inglaterra, onde há diversas associações destinadas ao controle dessa prática.
Cabe ressaltar que, por não haver obrigatoriedade de ser um médico-veterinário para aplicar a massagem e tratar um paciente nesses países, surge a necessidade de órgãos reguladores.
RMVF: Quais os maiores Congressos da área no Brasil e no mundo?
Dra. Themis: Assim como não temos uma associação exclusiva para a massagem aqui no Brasil, também não temos congressos exclusivamente voltados para essa prática. Apesar disso, congressos de outras áreas abrem cada vez mais espaço em suas programações para que o tema “massagem e suas diferentes modalidades” possa ser explanado para o público.
O congresso Vet em Foco é um exemplo. Há 3 anos consecutivos, tem dado a oportunidade para que médicos-veterinários da Fisiatria e Reabilitação Veterinária recebam mais informações sobre a implementação da massagem em um planejamento de tratamento integrado. Outros congressos e simpósios das áreas de Fisiatria, Comportamento Animal e Dor também têm aberto espaço para a massagem ser apresentada a mais médicos veterinários.
Em outros países, a massagem também tem marcado presença em diversos congressos, como o International Symposium on Vet Rehab & Physical Therapy, a conferência anual do Vet Rehab Summit e o Bsava Congress.
RMVF: Se compararmos com outros países da Europa e Estados Unidos, a área de massoterapia no Brasil está avançada ou ainda tem muito a crescer?
Dra. Themis: Percebemos um dado interessante sobre a massoterapia para animais no Brasil quando fazemos uma busca no Google com o termo “massoterapia canina”. Doze anos atrás, quando iniciei as pesquisas sobre a massagem para animais, o resultado de uma busca com essas palavras era: “Sua pesquisa – ‘massoterapia canina’ – não encontrou nenhum documento correspondente”. Sim, é verdade!
Depois de 2014, quando efetivamente comecei a divulgar essa terapia trazida dos Estados Unidos e da Inglaterra, pouco a pouco, após muito trabalho de divulgação do que é a massagem para animais, de suas indicações e seus benefícios, o termo passou a ganhar relevância nas pesquisas. As respostas dos buscadores na internet passaram a trazer mais resultados. Agora, em 2024, chegamos a aproximadamente 700.000 resultados para o termo “massoterapia canina”.
Esse aumento expressivo nos resultados foi, e continua sendo, resposta a um trabalho de grande esforço de comunicação, voltado para levar tutores de cães a entender o que é a massagem para animais e como essa modalidade de tratamento pode beneficiá-los.
Agora, é claro que, se compararmos a relevância da massagem no Brasil e nos Estados Unidos, por exemplo, veremos que ainda podemos crescer muito. Para se ter uma ideia, em meados dos anos 50, já havia nos Estados Unidos um nome muito importante atrelado à massagem para animais: Jack Meagher, o pioneiro em “sports massage”, que transferiu essa modalidade de tratamento dos humanos para os equinos, e ganhou destaque ao levar a massagem para as Olimpíadas de Montreal em 1976 como uma modalidade de tratamento para os cavalos de grande rendimento.
Desde então, em diferentes países, vários nomes vieram a se destacar no campo da massagem, como Natalie Lenton, Dr. Narda Robinson, Julia Robertson, Tuulia Luomala e muitos outros. Como pioneira nesse método de tratamento no Brasil, felizmente consegui, através de uma longa jornada de aprendizado e por tratar meus pacientes com um amor incondicional, o respeito dos meus clientes, um vínculo muito forte com meus pacientes e a oportunidade de levar esse conhecimento para outros médicos- veterinários em nosso país.
RMVF: Como avalia a evolução da massoterapia nos últimos 10 anos? O que mais evoluiu?
Dra. Themis: Dez anos atrás, poucos eram os médicos-veterinários que se utilizavam da massoterapia na sua prática diária. Podemos dizer que, dentre os que faziam uso dela, os fisioterapeutas veterinários eram os que mais se destacavam, provavelmente pelo fato de a massagem fazer parte da grade curricular de alguns cursos de pós-graduação em Fisiatria e Reabilitação Veterinária. Também pode ter sido porque esses profissionais já colocavam a massagem em prática de forma intuitiva, ou porque já haviam aprendido a massagem aplicada em seres humanos.
Fora da medicina veterinária, era possível observar que algumas pessoas se aventuravam na massoterapia, mas, com o tempo, acabavam abandonando a prática, seja por não ser médico-veterinário, seja por não conseguir divulgar o serviço a ponto de gerar uma demanda.
Ao longo dos anos que sucederam à chegada da AnimaTherapy (em 2014), foi possível mostrar, com um trabalho de conscientização de tutores, que essa terapia é uma excelente maneira de cuidar dos animais, independentemente da fase de vida em que se encontram. Esses tutores passam a ter a opção de um tratamento não invasivo, não medicamentoso, que se integra com as mais diversas especialidades e que, ainda, tem o potencial de cuidar do paciente por inteiro: do focinho até a cauda.
Esse aumento no interesse dos tutores também fez despertar o interesse da mídia pela massoterapia, criando-se um ciclo virtuoso de retroalimentação com boas informações (o que fez com que mais animais fossem beneficiados). Foram diversas matérias publicadas sobre a massagem para animais, em muitos meios de comunicação – como Veja São Paulo, Rede Record, TV Gazeta, G1, Revista Cães e Gatos, Revista Cães & Cia, entre outros –, incentivando cada vez mais os tutores a buscar informação sobre essa terapia. Com tanto conhecimento disponível, alguns tutores acabavam tendo mais subsídios do que alguns especialistas, e assim escolhiam, por conta própria, a contratação da massoterapia para seu animal.
Clientes com alto grau de conhecimento sobre um determinado produto ou serviço não são exclusividade de nenhum mercado, e na medicina veterinária não seria diferente. Tutores de cães e gatos buscam cada vez mais qualidade de vida e bem-estar para seus animais. Para isso, buscam informações em diversos meios, inclusive no meio da medicina humana, além de usarem seu próprio estilo de vida como fonte de comparação durante uma tomada de decisão. Isso faz com que cada vez mais a massoterapia seja buscada, especialmente para proporcionar qualidade de vida pelo tratamento da dor muscular.
RMVF: Como introduzir esse tipo de terapia na clínica veterinária? Pode auxiliar em quais tratamentos?
Dra. Themis: O primeiro passo para a inclusão dessa terapia como uma forma integrativa de tratamento é compreender os mecanismos de ação da massagem sobre o corpo dos pacientes. A partir desse conhecimento, cada médico-veterinário, dentro da sua especialidade, poderá potencializar os resultados na recuperação ou na manutenção de seus pacientes.
Boa parte do conhecimento que temos se deve ao Dr. Joel Bialosky, PhD. O Dr. Bialosky é professor associado clínico no departamento de fisioterapia da Universidade da Flórida, e trabalhou por mais de 14 anos em ambientes clínicos, principalmente com fisioterapia ortopédica e musculoesquelética. Ele se especializou em ortopedia e terapia manual ortopédica, tem mais de 82 artigos científicos publicados e foi citado mais de 4564 vezes em trabalhos acerca do tema “terapia manual”.
No artigo “Unraveling the Mechanisms of Manual Therapy: Modeling an Approach”, Bialosky desenvolveu um modelo abrangente dos mecanismos de ação da terapia manual (incluindo a massagem), sugerindo que após um estímulo mecânico imputado por manobras da massagem, o tecido muscular sofre uma cascata de efeitos neurofisiológicos, com mecanismos periféricos, medulares e supraespinhais. Com esse modelo, o autor demonstra como as intervenções manuais podem modular a resposta inflamatória dos tecidos, além de desencadear um efeito analgésico local, com modulação da dor.
Adaptado de Bialosky, 2018. Adaptado
Levando em consideração esse modelo, e que a massagem atua em três níveis – periférico, medular e central –, podemos pensar em uma vasta gama de disfunções no sistema musculoesquelético, como dor muscular, compensações por osteoartrose, displasia coxofemoral, displasia de cotovelo, ruptura do ligamento cruzado e luxação de patela. A massagem pode reduzir a dor, a tensão muscular e os trigger points causados por uso excessivo da musculatura em pacientes amputados, paraplégicos ou em período pós-operatório, como nas TPLOs (Tibial Plateau Leveling Osteotomy).
Podemos pensar, ainda: no tratamento das disfunções miofasciais geradas por fibroses, densificações ou cicatrizes; em alterações posturais ou dores referidas causadas por disfunções nas linhas de força miofasciais; em dores crônicas de origem muscular, fascial ou esquelética; ou naqueles problemas característicos de pacientes idosos, imobilizados ou em fase terminal. Em todos esses quadros, a massagem pode ser benéfica.
Kogitzki, 2023. Paciente de 18 anos com importante alteração postural após ruptura de ligamento cruzado. Utilizou a massoterapia como terapia adjuvante para dor muscular crônica
Kogitzki, 2023. Paciente em tratamento de tecido cicatricial após queimadura por colchão térmico
As indicações da massagem, seja com finalidade terapêutica, seja com finalidade relaxante, vão além das disfunções do sistema musculoesquelético. Ela é uma forma de terapia não invasiva que trata o animal por inteiro, e com respeito às suas limitações. Pode não apenas combater a dor no corpo físico do paciente, mas também auxiliar na modificação comportamental, uma vez que a modulação do estresse leva a uma melhora na qualidade de vida do animal.
A massagem, portanto, além de tratar os problemas do corpo físico, também pode atenuar casos de estresse, ansiedade, medo, reatividade, sensibilidade (ao toque, a ambientes clínicos ou a procedimentos médicos), entre outras alterações emocionais. Isso tudo significa que a massagem, associada aos cuidados veterinários, é um componente importante de um planejamento completo de saúde e bem-estar para o paciente.
Kogitzki, 2023. Paciente em tratamento de tecido cicatricial após queimadura por colchão térmico
RMVF: Os serviços de massoterapia para animais de estimação são acessíveis aos clínicos e tutores? Ou ainda são muito restritos aos grandes centros? O que é preciso ou tem sido feito para mudar essa realidade?
Dra. Themis: No caso de muitos serviços veterinários, a oferta inicialmente fica concentrada em grandes centros e, aos poucos, vai se expandindo para outras regiões do país. Com a massoterapia, não é diferente. Atualmente, ainda se nota uma restrição à cidade de São Paulo e à região metropolitana. Porém, as modalidades de liberação miofascial e massagem relaxante já são mais facilmente encontradas em diferentes cidades, especialmente a massagem relaxante, sendo que muitos praticantes dessa modalidade já foram formados pela AnimaTherapy.
Mas queremos que mais médicos-veterinários, profissionais do setor pet e tutores tenham acesso a todas as modalidades de massagem utilizadas na AnimaTherapy. Para isso, oferecemos cursos livres de capacitação em Massagem Relaxante (para tutores e profissionais do setor pet) e em Liberação Miofascial (exclusivamente para médicos-veterinários e graduandos).
A partir de 2025, ofereceremos novos cursos e abriremos oficialmente as inscrições para o Curso de Formação em Massoterapia para Médicos-Veterinários e Graduandos. Assim, poderemos expandir esse serviço para outros estados.
RMVF: Qual recado deixaria aos estudantes ou profissionais que pretendem ingressar na área de massoterapia?
Dra. Themis: A cada ano que passa, noto uma mudança no comportamento dos tutores que me procuram para cuidar dos seus animais. Eles buscam, além da qualidade de vida, terapias que não sejam invasivas, que não usem contenção física, que não gerem medo ou estresse, e que sejam eficazes na modulação da dor crônica.
Essa mudança de comportamento dos tutores vem ao encontro de algo que profissionais de diversos países vêm tentando oferecer: uma abordagem livre de medo, que retém os clientes, evita a interrupção do tratamento, integra diferentes tratamentos e leva à rápida recuperação do paciente (ou à manutenção do seu quadro, quando o propósito é conservativo).
Para esse perfil de tutor, a massagem vem atender o anseio de promover cuidados especiais para os animais, gerando uma relação duradoura e de extrema confiança entre cliente, paciente e médico-veterinário.
Themis e Cacau, Labradora de 16 anos que faz uso da massoterapia há 3 anos para reduzir a dor muscular em decorrência da imobilidade causada por múltiplas articulações com osteoartrose
Esse tutor busca novas possibilidades de tratamento que minimizem o uso de medicamentos, recorrendo a uma combinação com o tratamento medicamentoso apenas quando necessário.
Esse tutor também busca um cuidado mais humanizado para seus animais, com uma abordagem que não cause medo ou estresse. A massagem, como terapia multidisciplinar, tem o potencial não só de tratar o corpo do paciente, mas também de dessensibilizar o animal para um exame físico, ou até mesmo de mantê-lo equilibrado na sala de espera de uma clínica ou laboratório.
Não deixe que o mito de que a massagem é um luxo contamine você. Seja curioso e busque informações independentemente da sua especialidade. A dica mais importante que eu posso te dar é: reserve um dia para você receber uma massagem sueca – a massagem tradicional –, pois só assim você terá a compreensão do poder dessa terapia para reequilibrar seu corpo e, então, sentir um pouco do que os meus pacientes sentem ao serem tratados com a massoterapia.
Fique à vontade para entrar em contato comigo para tirar suas dúvidas ou solicitar uma visita técnica! É trabalhando em parceria que conseguiremos uma medicina veterinária mais forte e de resultados para clientes e pacientes.